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segunda-feira, 20 de junho de 2011

QuickQuest #05: Manual Impresso?

No mais novo QuickQuest, Fernando Secco responde ao e-mail do ouvinte Paulo Cesar Amorin Lopes sobre a importância dos manuais impressos de jogos nos dias de hoje. Faça perguntas e sugira assuntos para os próximos QuickQuests pelo e-mail contato@thepodquest.com ou no Twitter @ThePodQuest.

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QuickQuest #05: Manual Impresso?
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16 comentários:

Andre Nunes disse...

Vocês falaram tudo: se o jogo precisa, então o manual é indispensável, porém em outros jogos (como Mortal Kombat) não necessitam de um manual tradicional e sim um manual com artworks e afins.
Simples assim.

Gilliard Lopes disse...

@Andre Então você ainda acha que deveria ter ALGUMA COISA, mesmo que o jogo não precise do manual para dar instruções, correto?

Eu também penso assim, como colecionador. Dou bastante valor aos manuais que têm um algo a mais, como do Fallout 3. Acho que esse é um diferencial bem legal que a distribuição em caixinha tem sobre a venda online, e por isso acho burrice da parte dos publishers cortarem os manuais.

Vinicius Lopes disse...

HUEAhuaehaueheauhaeuhea

Em primeiro lugar a performance do Fernando imitando o Gilliard foi mto boa hahaha.

Então, acredito que o manual pode ser um diferencial enorme, se claro, for dada a devida atenção.

Mesmo que no MK quase tudo seja "ensinado" durante o jogo, existe muita história sobre essa franquia que eles não explicaram in-game. Além do mais, o ultimo MK que eu tinha jogado era o UMK3 e os controles acabaram mudando. Acho que deveria ter alguma coisa explicando porque trocaram do soco fraco/soco forte pra combos com 1 botão só e afins.

Como o Andre Nunes disse, pq não aproveitar todo os concept e artwork e colocar no manual? Sei lá, alguns exclusivos? Pq honestamente quem que fica ganhando pontos e indo na Krypta comprar pra ver o Artwork? O trabalho fica desvalorizado.

Eu joguei DAO por muito tempo e depois peguei o manual e li novamente, mesmo sabendo quase td, pq ele estava realmente mto bom.

Acho que o manual com informações que façam o player sentir que esta dentro daquele universo é um grande diferencial. A série Warhammer 40k tem vários livros sobre a história, e eles são mto bons.

E se for pensar o custo não deve ser tão maior, afinal, todo o trabalho ja foi feito, é só editar para o formato.

(A partir de agora é só um pensamento que bem viagem que tive)

Seria interessante colocar algumas estratégias nos manuais, alguns conceitos que talvez mtos players conheçam mas que talvez são novos para o player newbie. E quem sabe esse conteúdo não poderia ser feito pelos próprios players, fazendo assim aumentar as discussões sobre aquele mundo e divulgar o próprio jogo. Assim eu não precisaria ir tanto pro game faqs,hahahhaha.

Parabéns mais uma vez.

Abraços

Andre Nunes disse...

Gilliard Deve ter sim! Porem cada manual se adaptando ao seu estilo de jogo e sem precisar repetir todas as dicas "in-game".

Paulo Cesar Amorin Lopes disse...

Fernando, você realmente acertou no ponto com seu comentário. Hoje a maioria dos jogos tem tutoriais nas primeiras fases, mas isso não quer dizer que o "manual" não possa ser incrementando com elementos que agreguem valor ao game.. as produtoras só poderiam parar com essa desculpinha de "ecologicamente correto".. ora usem papel reciclado (risos)..

E eu antes mesmo de colocar o disco no videogame sempre folheio o manual, é um hábito, mesmo que não tenha muita informação útil lá..

Felipe Augusto "felipowsky" disse...

Eu vou ser do contra e dizer que acho certo os jogos não virem com manuais. E realmente acho importante essa preocupação das empresas na questão ambiental. Tá certo que isso pode ser uma grande desculpa, mas, mesmo assim, indiretamente, eles estão ajudando.

1. Acredito que a maioria dos jogadores não faz questão dos manuais;
2. Com certeza o preço final sofre aumento;
3. Nem todos os jogos tem conteúdo pra manual e, mesmo os que tem, deveriam aproveitar outras mídias para divulgar o conteúdo adicional, artworks, histórias, etc.

Um bom exemplo disso foi o Portal 2 que lançou um quadrinho online pra contar um pouco mais da história do jogo.

Falando isso, eu não estou querendo dizer que não me importo por mais informações sobre os jogos, mas atualmente existem mídias mais interessantes a serem exploradas pra agregar informação.
Talvez até dentro do próprio jogo, através do game ou numa seção de "extras".

Fabio Lucas disse...

Acho que retirando o manual as produtoras perdem uma excelente ferramenta de fidelizacao dos consumidores de originais. Me lembro de ja ter visto gente vendendo manuais nos "Ebays da vida" e cobrando uma pequena fortuna.

O que acontece hoje é que ao invés de capricharem no manual estäo criando alternativas e cobrando mais, no caso de algumas versoes de colecionador.

Só pra terminar queria parabenizar o Fernando pela boa interpretação de Giliard, principalmente no "the.....podquest". kk

Abs a todos.

Diego Barboza disse...

Concordo plenamente com você sobre o motivo da retirada dos manuais ser financeiro, e não ecológico. E acho que isso acaba gerando uma resistência no jogador, que pode se sentir enganado com esse papinho. Se abrissem o jogo dizendo que querem cortar custos, talvez fosse mais fácil de engolir.

Essa questão ambiental é tão papinho pra boi dormir que eu garanto que mesmo sem manuais eles ainda vão continuar gastando papel com aqueles folhetinhos de propagandas de outros jogos e formulários de pesquisa que vêm dentro das caixas.

Sobre os manuais, eu não os encaro muito ao pé da letra, como algo que deveria me ensinar a jogar, mas sim como um encarte do jogo, com algum detalhezinho a mais e de repente umas artes bacanas. Eu nunca paro pra ler as partes de controles, por exemplo.

Mas acho que esse tipo de material agrega valor sim e é muito interessante. Cito casos como Red Dead Redemption e GTA que trazem também mapas do jogo que são outro tipo de conteúdo muito legal. Apesar de eu nunca ter usado um mapa desses quando tava jogando, é interessante te-lo ali na caixa pra mostrar pros amigos :p. Um outro manual fantátistico era o do Neverwinter Nights, que era um verdadeiro mini-livro de D&D.

Só queria discortar quanto ao DS ou outros sistemas mais limitados terem que apelar para manuais pra ensinar a jogar porque não seria possível mostrar isso no jogo. Pokémon tem um ótimo exemplo de manual bonito, cheio de desenhos, todo colorido e com muita informação, e mesmo assim todas as instruções apresentadas ali aparecem também durante o jogo. Talvez seja mais uma questão de querer economizar tempo de desenvolvimento ao não colocar isso no jogo do que realmente uma limitação da plataforma.

Pra fechar, uma pergunta: vocês não acham que manuais (principalmente os caprichados, como eu citei o RDR, GTA e NWN) são boas armas contra a pirataria e a sua ausência diminui ainda mais a diferença entre um jogo original e pirata pro público geral?

Gilliard Lopes disse...

@felipowsky Respeito a tua opinião e acho normal que alguns jogadores não se importem mesmo com o manual. Agora, o fato de que o preço (ou mais precisamente, o custo) do jogo sofre aumento por causa do manual não muda nada pra nós. Afinal, os jogos não serão vendidos mais baratos sem manual. Pra não ter manual e ser vendido pelo mesmo preço, prefiro então que tenha.

@Fabio Lucas Porra, dei muita risada sozinho quando ouvi a imitação! Ficou tão bom que agora o Secco será o anunciante oficial do nosso e-mail e twitter. Pra sempre.

@Diego Vou deixar para o Fernando responder a maior parte do teu comentário. Quanto à pergunta, acho até possível os manuais serem um incentivo a mais para a compra dos jogos originais, mas tenho dúvidas sobre quantos dos "consumidores" de jogos piratas realmente se importariam com isso ao ponto de pagar pelo jogo... Acho que features online, por exemplo, são um atrativo infinitamente maior. Mas entendo o teu ponto.

Como disse antes, acho que os manuais ajudam muito mais a dar um diferencial para a venda de caixinha comparada com a venda online, mas pensei melhor no assunto e cheguei a uma constatação interessante. A vantagem nesse caso nem é do publisher, mas sim das lojas que vendem jogos em caixinhas. Geralmente, para o publisher a distribuição digital é muito mais lucrativa, pois muitos deles têm seus próprios meios de venda ou usam o Steam que cobra margens menores que o varejo. Então esse nem é um argumento válido para o publisher querer manter os manuais.

Acho que a tendência infelizmente é que os manuais sejam quase extintos, sobrando apenas essas empresas citadas, como a Rockstar e a Bethesda, que se importam um pouco mais com o consumidor e não fazem questão de economizar esse meio centavo gasto com o manual.

Fernando Secco disse...

Dae pessoal, legal que ver que manuais ainda são importantes para alguns de nós.

@Diego
Concordo a maior parte doque você falou. Talvez eu devesse ter dito escolha da publiser/desenvolvedora mas ainda acho que existe um aspecto de limitação e vou explicar. O problema com o DS é que dependendo do tamanho da "ROM" o custo é maior. Por exemplo, os Marios e os Zeldas usam a ROM de 64MB e as vezes de 128MB, que é muito cara para as muitos desenvolvedores e publicadoras. Ai, eu acho, que o pessoal prefere reduzir o tamanho final do jogo para caber numa rom de 16/32MB e fazer o manual que acaba sendo mais barato. Ai é meio complicado, o pessoal quer fazer um jogo barato mas eles precisam de um tutorial/manual ai ou eles fazem manual impresso e/ou aumentam o tamanho da ROM. Qualquer escolha vai impactar no preço final. É por isso que eu acho que o DS acaba sendo limitado.

@Gilliard
haha me ferrei então. Mas para te imitar, só depois de umas 5 guiness.

@Diego
Então cara, eu sempre fui cético sobre jogos piratas e seu mercado.
Vou fugir rapidinho do assunto para me explicar.
Acredito que o preço inFame dos jogos, principalmente no Brasil são um resultado direto. Mas por outro lado, conheci pessoas no Brasil e aqui que não querem pagar por jogo.
Na real, mesmo que saia uma edição por $20 de jogos, o pessoal prefere 4 por $5. É sempre uma assunto difícil (por isso tem um PQ sobre ele :P)

Mas, voltando, acho que para o leigo, pode haver uma certa confusão, ou talvez seja mais fácil criar a confusão, para o consumidor se depara com as duas midias. Mas acho que com divulgação essa confusão poderia ser diminuida.
Talvez alguém devesse fazer um estudo e colocar 2 tipos de embalagem para o mesmo jogo, uma da maneira que a gente conheçe e outra, mais barata possível, que mantenha a qualidade, e ver o que acontece.


Bem, é isso.
Abraço.

esdras disse...

grande! ja tive um master sistem na epoca nao tinha muito informação e a que tinha era em ingles. bom o manuel melhor contava a historia hoje nao acho tao necessario mais mesmo assim sempre tem alguma coisa que precisamos de informação.

Marcelo Martins disse...

Fernando,

Parabéns por trazer mais um assunto muito interessante ao QuickQuest.

Eu adoro os meus jogos físicos (caixinha, manual, etc). Mas confesso que nos últimos anos tenho preferido os digitais, simplesmente por uma questão de espaço e comodidade.

Agora, tenho uma dúvida: será que os manuais não são obrigados por lei? Aqui no Québec vejo que as caixas e os manuais precisam obrigatoriamente estar em Francês e até ví outro dia no Future Shop que um determinado jogo (não me lembro agora qual, sorry) não poderia ser vendido no Québec porque o manual não estava em Francês. E acho que tem algo semelhante no BR também, correto?

Um grande abraço!
Marcelo Martins

Gilliard Lopes disse...

@Marcelo Até onde sei, existem requisitos legais pra ter pelo menos as informações de segurança, aviso de epilepsia, etc. no manual. Há também essa obrigação de ser bilíngue aqui no Canadá (assim como os rótulos de todos os produtos hehehe). Os games que a gente reclama que vêm sem manual na verdade têm um encartezinho de 1 ou 2 páginas contendo apenas essas informações exigidas por lei.

BTW essa parada de rótulos bilíngues por aqui é bem engraçada... Toda vez que compro almôndegas (meatballs) tenho que rir com o nome em francês: "boulettes de viande" hahahahaaha

Marcelo Martins disse...

@ Gilliard! Isso, provavelmente são só as infos de segurança mesmo. Engraçado que eu me lembro de ter comprado alguns jogos que o encarte/capa vinham em EN, FR e Espanhol. Mas aí acho que deve ser uma opção da empresa mesmo. Pra reduzir custos, resolve fazer o encarte/capa em todas as línguas mais "importantes" e vende pra todo mundo. Vai saber...

E o Canadá é muito doido mesmo. Eu acho muito difícil você pedir Boulette de Viande aí em Vancouver sem gerar uma cara de, no mínimo, espanto no garçon/atendente!

Aqui, eles falam "bonjour, hi" pra você antes de te atender. E precisa ser nessa ordem... Não pode ser "hi, bonjour". Mas deixa eu parar que já tá ficando off-topic demais! ;)

Diego Barboza disse...

@Fernando
Entendi. Era algo que eu nunca tinha parado pra pensar, mas realmente faz sentido isso que você disse sobre a relação de custo do jogo de acordo tamanho do cartucho.

@Fernando e Gilliard
O que eu digo sobre uso de manuais pra combater a pirataria é dele agregar valor físico ao jogo, algo que possa convencer o cara que compra um ou outro jogo mas também consome jogos piratas. Talvez com um jogo com um atrativo desses possa entrar na sua lista de compras, e não de downloads.

Eu digo isso porque mais de uma vez amigos meus já me falaram: "Esse jogo original é exatamente igual ao pirata? Então porque não pega o pirata mesmo?". E além do sermão de que pirataria é ilegal, que o desenvolvedor merece ser pago pelo seu produto (argumentos esses que, cá entre nós, não vão convencer o cara que já não está se importando mesmo), eu fico sem ter o que falar. Ainda mais se tratando de um jogo do Steam ou PSN, onde tenho que passar pelo "absurdo" de fazer o download do jogo depois de pagar por ele.

E a sensação de valor aqui é muito importante até pra quem só compra originais. Eu gosto de comprar DVDs, por exemplo, mas passo longe daquelas embalagens slim ou os ridiculos envelopes de papel que são usados em alguns filmes. Nesse caso, uma boa apresentação do material é determinante pra saber se eu vou ou não comprar.

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Agora, voltando ao cast... Fiquei pensando aqui: será que é tão caro assim produzir os manuais? A Fullgames distribui jogos (antigos, ok) a menos de R$20 acompanhados de revistas de 10~20 páginas coloridas em tamanho grande e com boa qualidade de impressão. A distribuição é nacional, então a tiragem é certamente bem menor que um jogo AAA e com o baixo preço a margem de lucro deve ser pequena, mas ainda é algo que vale pra eles.

vhdm disse...

descordo de tudo que foi dito. Fim a impressão.