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segunda-feira, 1 de outubro de 2012

PodQuest #51: Um Podcast 100% Brasileiro

Iniciando o terceiro ano de vida do PodQuest, o trio de desenvolvedores 100% brasileiros apresenta um episódio sobre as dificuldades intrínsecas enfrentadas pela indústria de games nacional. Excluindo as dificuldades de mercado, como impostos, pirataria e falta de apoio do governo, quais são os outros motivos que impedem a indústria de games brasileira de obter o mesmo destaque que outros países de menor expressão já tem? Ouça o episódio 51 e descubra a opinião do PodQuest.


Ouça diretamente no link a seguir:

PodQuest #51: Um Podcast 100% Brasileiro
(botão direito, depois "salvar como" para baixar)

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Ouça e comente! Se preferir, entre em contato por e-mail em contato@thepodquest.com ou pelo Twitter em @ThePodQuest.

27 comentários:

rudibravo disse...

Silent Hill? :)

Bruno Afonseca disse...

Fear Effect! rá!

Rafael Kuhnen disse...

AEEEEEEE BRUNO!!!

Fala pra eles! Nao manjam nada! hahahaha

Rodrigo "Chips" Scharnberg disse...

Olá PodQuesters!
Não posso dar pitaco nas empresas dos outros, conheço empresas que na minha opinião deram muito certo e outras ainda estão dando, tanto financeiramente quanto lançando títulos de sucesso.
No nosso caso, tivemos 3 problemas fundamentais:
1 - Nós morremos de fome ao fim do projeto (falta de dinheiro), pois (2-falta de planejamento)não houve um bom planejamento para a fase pós lançamento do jogo.
3 - Tínhamos uma equipe com uma boa experiência de fazer um game, mas não tinha experiência em vende-lo.

Se esse é um problema de outras empresas ou não... Não acho certo palpitar.

Agora uma coisa que vocês não deixaram claro no podquest é, o que é um jogo de sucesso para vocês? Um jogo que tem mídia? Um jogo que tem um grande número de compradores? Um jogo que gera muito dinheiro?

Bem, é isso. Gilliard, guarda uns 10 minutos para mim na BGS por favor! Nos vemos lá.

Abraços!

Rafael Kuhnen disse...

O que eu quis dizer com o assunto.. foi um jogo EXPRESSIVO.. nao de sucesso no caso de dar retorno financeiro pra empresa ou nao.

E por expressivo eu digo.. que o MUNDO INTEIRO jogue, que o mundo inteiro fale sobre ele, que esteja em todos os blogs, sites... que gere hype, que de inicio a novas tendencias, que seja copiado por outros jogos.

Definir sucesso por retorno financeiro somente ou por ser reconhecido dentro do brasil, eh na minha opiniao se contentar com muito menos do que o brasil pode atingir. O brasil pode muito mais do que isso... :)

Rodrigo "Chips" Scharnberg disse...

Oi Rafael,

tenho medo que o que vocês estejam procurando seja um jogo de console do tipo "Novo Assassins Creed" ou "Novo Resident Evil"... Isso simplesmente não é viável por questões burocráticas de envio de DevKit (Ao menos é a desculpa que eu sempre ouvi de Nintendo/Sony/Microsoft, se alguém descora, prove o contrário).
Acredito que os jogos "Blood & Glory" e "Road Warrior" foram expressivos no último ano, inclusive, foram muito mais fora do Brasil do que aqui. Ambos por exemplo concorreram como Community Choice Award no último Unity Award.

Abraços!

Tarcísio disse...

Gostei muito desse Podquest, e concordo com quase tudo que falaram. Agora a parte da xenofobia, tb existe o contrario que é o caso das pessoas acharem q tudo que vem d fora e melhor, ou por ser mais barato ou pq tem uma qualidade melhor. Por isso q as vezes nao existe investimento, pq por exemplo se um gamedesigner ker fazer um adventure 3d, e pede um finaciamento ou para o governo (que ai no caso tem q ter a "Brasilidade no jogo"), ou para uma empresa privada, (que vai comparar a ideia do seu jogo com Mario e vão falar q nao vale a pena o investimento). Existe uma coisa q hj eu vejo como negativa q é as varias escolas d esquina q ensina a ser um game design, mas na verdade so ensina a aperta o botao do software (to falando da minha experiencia nessas escolas). Infelismente o ensino tanto na area artistica ou d programação voltada para games não e valorizado por aki.

JMBeraldo disse...

Uma coisa que vocês falaram me fez pensar aqui. Eu já me senti pressionado a tanto saber a resposta na hora ("como assim vc não sabe?") como a tomar as decisões por conta própria ("vc vai conversar com a sua equipe? Pq? Não tem capacidade/coragem de tomar essa decisão sozinho?")

Claro que tem gente que faz isso pq é cabeça dura mesmo e se acha, mas existe essa "pressão cultural imposta" no Brasil (e não só na indústria de jogos)

Cabral disse...

Concordo com o Rodrigo sobre os jogos que ele citou, alias Road Warrior é um dos poucos brasileiros que fica no top 10 da sua categoria por um longo tempo.
Por outro lado entendo o Rafael dizendo sobre criar um hype, estes que ele citou estão indo muito bem, mas acredito que ainda não criaram um grande buzz como outros jogos.

Na minha opinião mesmo o que sempre faltou p/ o Brasil foram pessoas capacitadas, mas isso não é um desmerecimento mas sim pq nós ainda estamos aprendendo como fazer um jogo de sucesso que gere este hype. Hoje com os canais que temos p/ publicar um jogo temos a oportunidade de testar, colocar no mercado, sentir a receptividade do publico e melhorar em cada novo jogo. Acredito que as empresas de hoje que estão trabalhando da forma certa, com humildade, sabendo que ainda estamos aprendendo, tem tudo p/ daqui a algum tempo lance um jogo que faça sucesso. Eu realmente acredito nisto. E sim, quando muitos destes que estão fora voltar p/ o Brasil, poderão contribuir muito com as empresas que estão trabalhando aqui hoje, principalmente trazendo suas experiencias.

Abraços

Rafael Kuhnen disse...

Concordo que agora estao comecando a aparecer alguns jogos de algum destaque.. mas eu vou dar alguns exemplos pra colocarmos em contraste:

Finlandia: Populacao 5.3 milhoes
Jogos: Angry Birds, Max Payne 1 e 2, Death Rally, Alan Wake, Cities in Motion, FlatOut, Legend of Grimrock, Need for Speed: Carbon, Super Stardust, Trine, Trials HD, Zen Bound

Dinamarca:Populacao 5.5 milhoes
Jogos: Freedom Fighters, Toda a serie Hitman, Kane & Lynch, Limbo, Mini Ninjas, Watchmen: The end is Nigh

Islandia: Populacao 300 mil
Jogos: EVE Online

Isso que nem vou mencionar a Inglaterra e o Canada com populacoes tambem muito menores que o Brasil.

Muitos desses jogos foram auto-publicados na AppStore ou Steam, portanto nao existe "burocracia de consoles" envolvida. E muitos deles passaram pela burocracia mesmo sendo pioneiros no pais. Isso nao eh desculpa.

Desculpa ser grosso, mas a gente tem eh que parar de inventar desculpas e aceitar os fatos. O Brasil ta atrasado, e tem capacidade de ser melhor. Ficar apontando dedos e dizendo "Eh por causa disso ou daquilo" nao resolve o problema.

So tem um jeito de fazer produtos expressivos. FAZENDO. O resto eh consequencia e vem com o esforco. Com um jogo bom o suficiente pra mostrar, conseguir publicar ele vai ser o menor dos problemas.

Marcelo Martins disse...

Olá pessoal,

Mais uma vez, um PodQuest sempre relevante e com opiniões bem fundamantadas.

Sobre o assunto “das respostas a tudo”, eu acho que a maioria das pessoas tem medo ou vergonha de dizer que não sabe a resposta justamente por parecer incompetente. Porém, acredito que os profissionais mais maduros são justamente aqueles que sabem o momento certo de dizer “não sei”. Eles sabem que a sua resposta errada, seja ela “sim” ou “não” pode comprometer o projeto e, por isso, às vezes “não sei” é a melhor resposta.

Entretanto, nem todo gerente/líder entende isso.

Gilliard, excelente seu comentário sobre alinhamento de expectativas em 01:04. Meus parabéns pelo feedback ao novo funcionário!

Rodrigo "Chips" Scharnberg disse...

Olá a todos,

"Muitos desses jogos foram auto-publicados na AppStore ou Steam, portanto nao existe "burocracia de consoles" envolvida. E muitos deles passaram pela burocracia mesmo sendo pioneiros no pais. Isso nao eh desculpa."

Rafael, se tu não queres que seja apontado os motivos, por favor não pergunte então. Estou te passando a informação de bom grado, que não é por falta de tentativa ou iniciativa que não temos jogos de console produzidos aqui no Brasil, mas sim por uma inviabilidade técnica. Se o Gilliard quiser, podemos conversar nós dois no dia 11 com o Mike Foster da sony para que ele ouça isso da boca dele, e te repasse a informação.
Sobre jogos publicados para o Steam e a AppStore, temos vários feitos no Brasil, não gosto e não vou falar do projeto dos outros, mas no nosso caso, estamos desenvolvendo jogos com o que temos no bolso e com o conhecimento que temos. Estou fazendo o que acho certo com o conhecimento e orçamento que tenho. Provavelmente com um "bolso mais profundo" e a possibilidade de ter um grupo maior e mais qualificado, provavelmente teríamos um produto de mais qualidade. Mas como costumo dizer "Se você palnta uns "Ses..." nascem uns "Quases..." bem grande", então só tendo um investimento maior para obter dados mais concretos.

"Desculpa ser grosso, mas a gente tem eh que parar de inventar desculpas e aceitar os fatos. O Brasil ta atrasado, e tem capacidade de ser melhor. Ficar apontando dedos e dizendo "Eh por causa disso ou daquilo" nao resolve o problema."

Acho que fundamentalmente tu disseste tudo nesse parágrafo. "O Brasil está atrasado" e isso é uma fato. Não adianta nada ter 90 milhões de pessoas em um barco se meia dúzia sabe remar... Não acho que seja a quantidade de pessoas em um local que faz um bom jogo, e admito que esperava esse conhecimento de ti, pois tu bem sabes que as vezes é melhor ter 2 programadores alinhados em um projeto do que 20 se atrapalhando. Eu estou buscando fazer minha parte com o Game-Dev-Group-SA, assim como vocês com o PodQuest. Estamos unindo as pontas do país, mas não tenho como pegar pela orelha cada developer competente e dizer, vamos fazer o projeto X.

"So tem um jeito de fazer produtos expressivos. FAZENDO. O resto eh consequencia e vem com o esforco. Com um jogo bom o suficiente pra mostrar, conseguir publicar ele vai ser o menor dos problemas."

Existem problemas secundários nesse ponto, conheço projetos animais, prontos, que nunca foram enviados para uma publisher. Muitas vezes por receio das críticas ou por medo de ouvir que aquele projeto que o cara consumiu 3 anos da vida dele não é suficiênte. Uma característica de brasileiro que vocês esqueceram no podquest é o medo de dar certo. E essa é a mais grave e difícil de ser resolvida de todas.

Wesley Bastos disse...

Recomendo todo a lerem o artigo do Glauber no DoubleJump, vou citar só um dos inúmeros trechos interessantes:
"Lembre-se que Demon’s Souls é japonês, Heavy Rain é francês, Minecraft é sueco, The Path é belga (e não implico que eu goste de The Path), Darwinia é britânico, Crysis é alemão, Eve Online é islandês, Limbo é dinamarquês… E nenhum desses sentiu a necessidade de ter um elemento distintivo de seu país evidente. Por que então há essa necessidade aqui no Brasil?"
Isso eu vejo aqui mesmo na minha faculdade (Curso Jogos Digitais em Brasilia) e acompanhando um projeto de um colega que estava fazendo um game com um Dingo (espécie de cão australiano) decidiu trocar para um lobo-guara (por ser mais brasileiro) isso ocasionou ele a ter de refazer todos os modelos, o que gerou um pouco de custo e tempo perdido, só pra adicionar um item que não fez diferença nenhuma na jogabilidade e no enredo do game.

Outra coisa que noto no pessoal que desenvolve aqui em Brasilia e vejo isso até mesmo nos meus professores, é que muitos preferem desenvolver para iOS/Android, porque sabem que é mais barato/rápido, tem menos empecilhos para serem publicados e tem um retorno mínimo garantido. Não vejo ninguém apostando em PC, porque sabem que terão um pouco mais de trabalho, mas preferem ficar no conforto. Cara a Sony liberou do SDK do Vita (não é nem necessário ter um DevKit, basta ter o Vita), mas o pessoal prefere o comodismo das plataformas móveis ou em jogos casuais de FaceBook.

E digo mais, acho que só iremos ver um grande game brasileiro, quando os próprios desenvolvedores se libertarem dessas amarras de que tenho que colocar uma bandeira do Brasil, tenho de usar tecnologia brasileira, só vou publicar na App Store brasileira pq assim ganho visibilidade no Brasil.

Wesley Bastos disse...

Acabei esquecendo o link do artigo do Glauber que é esse aqui:
“14 anos não foram o suficiente”

Anônimo disse...

Foi um ótimo Cast. Não tenho muito a acrescentar além do que já foi mencionado. Seria ótimo ter uma parte 2.

Rodrigo Blood & Glory é de uma empresa brasileira e foi publicado pela Glu? Na sua frase deu a entender que sim.

Road Warrior sei que é da MobJoy, mas não achei qual seria a desenvolvedora do Bood $ Glory.

Rodrigo "Chips" Scharnberg disse...

Olá Carlos David,

Realmente o Blood & Glory foi desenvolvido e distribuido pela GLU. Mas conhecendo o time da GLU Brasil (todo o grupo é brasileiro) e as cabeçadas que eles deram até chegar no Blood & Glory, eu considero ele um jogo brasileiro. Mas se alguém discorda ou acha que estou roubando, usando esse jogo como exemplo, eu posso trocar ele pelo Legendary Heroes da Maya.

Se não servir me avisem ;)

Diego Barboza disse...

Um ponto que eu acho interessante discutir e vai um pouco na contra-mão do pensamento "tudo que é brasileiro é melhor" comentado no cast é sobre nossa síndrome de vira-lata, onde qualquer coisa, mesmo que ruim, é digna de elogios só por ser brasileiro.

Um exemplo claro que me vem à mente é o famoso Capoeira Legends. Ignorando o tema do jogo e tal, trata-se de um jogo terrível, com muito mais defeitos que qualidades. Mas ele ficou em desenvolvimento por um tempão (perto de uma década, se não me engano) e a equipe realmente se esforçou pra fazer e lançar o produto e, por isso, virou meio que um tabu falar mal do jogo. É como se todo mundo tivesse que gostar do jogo só por ser brasileiro e porque houve dedicação da equipe. Até prêmios de melhor jogo do ano ele ganhou!

E eu acabo vendo algo parecido em vários outros projetos. Jogos claramente ruins (mesmo que tenham potencial para melhorar) sendo glorificados por ser uma produção independente de um "esforçado grupo de desenvolvedores indies brasileiros".

Não quero dizer que todo jogo brasileiro é ruim, bem pelo contrário. E talvez eu só esteja olhando para os jogos errados nos lugares errados. Mas tenho muito essa sensação de que há muito tapinha nas costas e pouca gente tem coragem de criticar de verdade. E essa crítica verdadeira é, na minha opinião, vital. Se o cara faz um jogo meia-boca e não percebe isso e todos ao redor dizem que o jogo é ótimo, que motivo ele tem pra pensar o contrário?

É isso. No mais, como sempre, excelente episódio. E queria dizer que, apesar de não poder provar, também matei que o jogo do PodQuiz era o Fear Effect!

Rafael Kuhnen disse...

Eh isso ai Diego! Concordo contigo! Criticas sao fundamentais pra melhorar a qualidade!

Marcos Carvalho disse...

Também concordo com o Diego, o pessoal esquece que criticas também ajudam a melhorar um game, porém eles acham que somente incentivo é que irá levar o game para frente (ou deixa-lo bom). Na época do finado Erinia o pessoal pedia para dar uma chance ao game por ser brasileiro, mas o game era injogável. Lembro que na área de feedback tinham vários comentários elogiando a iniciativa, mas pouquíssimos pedindo uma jogabilidade melhorada.

Não digo que incentivo é errado, mas para quem leu a bioografia de Steve Jobs viu como algumas features dos produtos da Apple só saíram porque ele criticou (e nesse caso a critica era muito pesada), mas isso fazia a pessoa que estava trabalhando naquela feature querer defender sua implementação. E no final era isso que o Steve queria, ele queria que você desse um motivo do porque de você estar querendo fazer aquilo acontecer.

PotHix disse...

Æ!!

Podquest muito interessante mesmo!

O mais interessante de tudo é que grande parte do que vocês citaram sobre os problemas técnicos e de equipe, acontecem no mundo do software convencional também, não é específico de games.

O problema do gamedesigner falando com o programador e que tinha que acreditar nele, acontece muito com consultorias, quando uma empresa contrata uma consultoria para ajudar no problema e não aceita as soluções que os consultores dão para o problema (o que é bizarro).

Uma outra coisa que não posso deixar de comentar foi o comentário de alguem (não sei quem...hehe) no podcast:

"O título de alguém na empresa não faz necessáriamente ele ter todo o conhecimento desse título"

Isso é muito real, e as pessoas tendem a receber essa persona que tem que saber tudo quando ganham um cargo, esse tipo de mudança se faz necessária em todas as áreas de software.

Outro comentário do podcast (acho que esse foi do Gilliard):

"Esse é o problema do game designer não exigir uma formação específica para contratação"

Mas programador também não exige, tem BCC aí para formar a galera, mas tem muito programador autodidata que manda muito bem, e é fácil quantificar, só colocar o cara para resolver problemas. Agora quantificar um gamedesigner que é mais difícil, a não ser por experiencia.

Comentário do @Wesley (aqui nos comentários): "Outra coisa que noto no pessoal que desenvolve aqui em Brasilia e vejo isso até mesmo nos meus professores, é que muitos preferem desenvolver para iOS/Android, porque sabem que é mais barato/rápido, tem menos empecilhos para serem publicados e tem um retorno mínimo garantido"

Eu acho válido apostar em iOS ou Android, e pode haver um bom jogo para lá também. :)

Achei muito válido os comentários sobre a indústria brasileira, todos sabemos que temos pessoas boas o suficiente aqui para poder fazer algo bom (e estamos fazendo já), mas ainda falta alguma coisa, e os comentários de vocês foram bons palpites.

Desculpa se alterei algum comentário, mas como ouço o podcast de moto quando estou vindo para o trabalho eu nunca lembro o que ia comentar. :P

Gostei bastante do podcast e espero que tenha realmente uma segunda edição.

Há braços

Unknown disse...

1º - Pq vc's ficam falando da Hoplon em código? rssss


2º - Infelizmente este sentimento nacionalista não fica só nos games, é difícil explicar, até no nível mais básico, que o que importa é o resultado, não os meios e isso em uma empresa jovem, imagina em uma empresa mais antiga.

Acredito que a culpa, em parte seja da nossa educação, não digo das escolas, digo a cultural mesmo, aqui no Lisarb ainda é muito complicado o pessoal entender que se vc ganhar DINHEIRO vc consegue fazer outras coisas que não dão dinheiro. Mas aqui, primeiro realizamos os sonhos, depois enfrentamos a realidade.

Uma triste história, parece que isso vem da época da colonização, ou não. Mas o que sabemos é isso, esta descultura atrasa muitas empresas, não só de jogos.

Fernando Secco disse...

@Lucas Schirm
sobre 1) - pior que não, isso acontenceu comigo em vários lugares, desda universidade e até mesmo aqui nas empresas no Canada.

David Paniz disse...

Ia comentar isso que Lucas Schirm falou que esse "nacionalismo" vai muito além dos jogos. É só ver os filmes brasileiros, boa parte deles sempre tem favela, violência, pobreza e etc. Recentemente começaram a fazer umas cópias de roteiros manjados, mas raramente sai alguma coisa realmente original que não seja em volta desses assuntos tradicionalmente brasileiros. Acho que toda essa criatividade brasileira só serve pra roteiros de curta. Não vejo gente capaz de escrever um roteiro de dure mais de 10 min por aqui.

Viliam disse...

Muito legal o ThePodQuest! Parabéns pela iniciativa.

Acredito que exista sim, mão de obra técnica qualificada para a construção de um AAA no Brasil.

No entanto, imagino que o problema está em "juntar" essas pessoas. Transformá-las em um time. Em um studio.

Suponho que o problema real seja uma questão organizacional, gerencial e comercial. No nosso país encontramos técnicos incríveis, verdadeiros artistas em suas áreas de atuação, mas nos faltam pessoas competentes para fazer o papel de um CEO ou producer. Digamos que precisamos de "artistas do negócio", pessoas que entendam a indústria como um todo.

Por conta disso, acredito que a forma mais rápida de um AAA ser produzido no Brasil e ao mesmo tempo fomentar a indústria, seria trazer os grandes studios para o país.

Vocês conseguem imaginar o impacto de uma "Rockstar Rio"?

Um abraço!

Rodrigo "Chips" Scharnberg disse...

Olá Villiam,

Na realidade a prova dos 9, do que tu dissestes foi a criação das duas Ubisofts no Brasil. Os times de Porto Alegre e São Paulo, possuíam desenvolvedores específicos e excepcionais, tal como os Artista Will Murai e Elisa Kwon, o technical Artist Henrique Manfroi e os programadores Edison Jr. e Christian Lykawka além do Arthur Bobani (GD) e do Vitor Arusievicz (Producer) só para citar alguns nomes. Mas infelizmente isso não resultou em um AAA por diversos motivos que não cabe a mim julgar e esse grupo não pode ser absorvido por uma única empresa para desenvolver esse jogo (aí sim por falta de capital) que todos sonham em ver. Então aparentemente, juntar essas pessoas pode não ser o problema, até por que, hoje todas elas se conhecem entre-si, e conhecem muitos outros desenvolvedores através de grupos no Facebook, Linkeid, GoogleGroups e ainda possuem um grupo de e-mail só de (ex-/atuais) Ubisofts.

Já fica minha "dica" de que pelo tamanho dessa thread, os guris do PodQuest, poderiam não só fazer um novo PodQuest sobre o assunto, como também digerir essa informação dos comentários, e quiçá agregar alguém que esteja atualmente no mercado brasileiro de jogos. Pessoas como o Mark Ventureli (que eu acredito que deve lançar um jogo REALMENTE relevante nos próximos meses) e (não excludente) a Amora ou o Santo, que mostram o outro lado da moeda, da empresa indie, que rasteja e se debate para sobreviver e lançar jogos de orçamento zero (na verdade -1) e ainda está aí na briga.

Abraços.

Elano disse...

Me lembro de um evento, acho que foi a BGS do ano passado que um representante do Google perguntou quem desenvolvia jogos para iOS ou Android e quase todo mundo levantou a mão. Então ele perguntou quem já publicou UM jogo nessas plataformas e poucas pessoas levantaram a mão. Depois ele perguntou quem já publicou mais de um e já da pra imaginar como foi....

Acho que o que o Brasil precisa é de pessoas fazendo, finalizando e publicando seus jogos. Tem uma grande diferença em começar a fazer um jogo e publicar ele, não é fácil. Se mais gente chegasse na etapa final com certeza já teríamos mais jogos de destaque.

Ivan disse...

O papo foi bem interessante e com boas reflexões, por isso vou comentar apenas o ponto em que discordei, quando vocês falaram de xenofobia, achei que vocês estavam refletindo um sentimento específico de vocês, não vejo esta realidade entre as pessoas que convivo e nos blogs/sites que visito, bem ao contrário. Acho o Brasil um dos lugares onde a pluralidade de culturas em mais bem aceita, de tal forma que se não houver alguém, como o Estado, para incentivar a cultura local ela pode eventualmente ser exposta a uma diluição continua ao ponto de perda de identidade, leia bem, estou dizendo pode, não que irá. Por outro lado não vejo por aí jogos sobre folclore/cultura regional sendo vendido/distribuído por aí, o que me fez perceber que sinto falta disso, jogos que explorem este conteúdo.
O problema, do meu ponto de vista, não é a cultura/folclore a servir de base para um jogo, mas a forma como isso é feito, sendo bem produzido isso é o que conta, o sucesso vem até para os toscos e mal feitos, o que vale nesse caso é encontrar um nicho e trabalhar nele.
De qualquer forma, acho a palavra xenofobia muito forte e até mesmo desnecessária nesse contexto.